Podemos perceber que as áreas mais ilumiadas coincidem com as áreas do mundo mais desenvolvidas e urbanizadas, como por exemplo no Brasil a área do litoral. Termos que levar em consideração também áreas desérticas e de montanhas.
Mesmo nesses grandes centros urbanos, a "inclusão digital" não acontece de forma verdadeira. A exclusão econômica faz com que muitas pessoas também estejam excluídas desse acesso à informação. Diversos termos vem sendo usados para denominar essa exclusão, dentre eles apartheid digital, infoexclusão, digital divide, gap digital ou exclusão digital. Em oposição a esses termos surgiu a ideia de inclusão digital.
Na década de 90 surgem movimentos nos EUA e UE para fomentar a crescente "Sociedade da informação". Nos anos 2000, o Brasil coloca e sua pauta de discussão política essa nova tendência e lança o Livro Verde - Sociedade da informação no Brasil de Takahashi. No livro podemos observar gráficos de acesso à internet no mundo, o panorâma de acesso no Brasil e o seu impacto principalmente para a economia, o trabalho e as novas formas de negócios. Em sala discutimos exatamente a inclusão digital voltada para o comércio e o consumo. Em nossa sociedade capitalista o crescente comércio virtual fez com que as grandes empresas incentivassem as políticas de inclusão. Um exemplo que temos é também é dos aplicativos de bancos, que fazem as transações com taxas menores do que no banco "físico". Tudo isso força as pessoas a se "modernizarem" e se inserirem nesse mundo virtual mas sem nenhuma preocupação com a educação e o conhecimento.
A inclusão digital é complexa pois envolve tanto o acesso à internet e aos equipamentos como o conhecimento tecnico para utilizar e até mesmo a finalidade crítica daquele uso. Discutimos bastante como a inclusão tem um caráter dualista pois ela vem exatamente existência da exclusão. A exclusão faz parte da nossa sociedade pois é uma característica intrínseca da forma de produção capitalismo. Portanto a inclusão é muitas vezes uma ilusão pois enquanto uns são incluídos outros são excluídos garantindo a manutenção do sistema.
É próprio do sistema capitalista excluir, empurrar para a margem da sociedade, um grande número de pessoas, para poder depois "incluir", ou seja, incorporar em seu modelo, a partir de sua lógica, não havendo portanto espaço para o diferente, o diverso. Estes, se tornam descartáveis...
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