sábado, 28 de julho de 2018

Ciber é mais saber

A cibercultura na educação          

Resultado de imagem para ciber cultura na escola     

                A cibercultura trouxe para nós mudanças de paradigmas para a educação escolar e a forma com que ela pode ser construída. A palavra chave para entendimento dessa nova pedagogia é a colaboração. "O professor é incentivado a tornar-se um animador da inteligência coletiva de seus grupos de alunos em vez de um fornecedor direto de conhecimentos." (p.158) Com esse pensamento, Levy afirma que há uma quebra do formato da pirâmide escolar, fazendo com que todos os indivíduos envolvidos também possam estar em algum momento no topo dessa construção. Seria mais ou menos como se a "tela"chamada de quadro negro ou branco passasse a dividir o monopólio do conhecimento  com todas as outras telinhas dos celulares, computadores e tablet espalhados pela  sala. Talvez por isso exista tanta apreensão por parte dos professores. Normalmente quando um aluno faz uma pergunta sobre algo que o professor não sabe ele diz que é assunto da próxima aula, ou então pesquise em casa ou então pior: vamos focar aqui! Tá fugindo do assunto de hoje! Com o advento dos smartphones a resposta está ali na palma da mão, o aluno pode inclusive confrontar o professor.

Ao invés da tensão de não saber a resposta porque não explorar esse uso das informações? 

Em 2010 o caso de uma aluna que foi suspensa da escola por criar um grupo nas redes sociais para compartilhar respostas das questões de lista de exercícios virou polêmica. Ela foi acusada de fazer "cola"virtual. Mas por outro lado isso demonstra como os alunos podem compartilhar os seus conhecimentos, sua dúvidas de uma forma muito eficiente utilizando a rede. Tendo inclusive mais motivação para o aprendizado. Veja a reportagem aqui: http://revistapontocom.org.br/materias/redes-sociais-na-escola

O conhecimento hoje é um hipertexto, cheio de janelas  que abrem ao infinito. Podemos estar fugindo  de um assunto mas entrando em um outro caminho tão interessante quanto.

Resultado de imagem para ciber cultura na escola

              Outro ponto muito interessante do texto de Levy é que sempre pensamos em substituição, ou seja, quando novas culturas surgem a outra tem que desaparecer. Como percebemos na figura acima, um grupo de pessoas está reunido e cada um no seu computador mas ligados uns aos outros pela rede. Ao mesmo tempo que podem parecer distantes estão conectados com o grupo e até com mais pessoas, que nem estão presentes fisicamente.
               Portanto, o computador não surgiu para aposentar o professor assim como não irá desaparecer o livro impresso, os jogos virtuais não irão acabar com o futebol, o pega pega e o parquinho nem mesmo nossas relações pessoais irão desaparecer por conta do whats app. Muito pelo contrário. As tecnologias pode nos aproximar muito mais, por diminuir distâncias e nos apresentar pessoas com interesses em comum.
              O computador não irá nos distanciar da escola, mas nos levar para dentro dela como construtores do saber.

Um comentário:

  1. Mais do que nunca o professor é necessário, para mediar a interação em rede, para provocar análises críticas dos conteúdos que circulam, para propor dinâmicas colaborativas e autorais, todas fundamentais para a formação do cidadão do século XXI

    ResponderExcluir